A Revista Genealógica Brasileira e os ex-líbris
- exlibrisbrasil2020
- 25 de abr.
- 2 min de leitura
Por Mary Komatsu*
A Revista Genealógica Brasileira foi publicada pelo Instituto Genealógico Brasileiro entre os anos de 1940 a 1968, sendo uma das principais fontes nacionais sobre genealogia, heráldica e ciências afins. A publicação se destacou por reunir estudos sobre linhagens familiares, brasões, documentos históricos e símbolos de identidade pessoal e coletiva.

Um dos aspectos mais valiosos dessa revista é a presença de uma seção dedicada aos ex-líbris, as marcas de posse dos livros. Essas pequenas obras gráficas revelam muito mais do que o nome do proprietário — são janelas para a estética, os valores e até os vínculos genealógicos de seus donos. Em muitos casos, trazem brasões de família, lemas em latim, referências à profissão ou à origem regional dos bibliófilos.

Na seção de ex-líbris da revista, é possível encontrar estudos sobre exemplares raros, perfis de colecionadores, análises iconográficas e histórico-biográficas de artistas gráficos que se dedicaram à criação dessas peças. Em muitos casos, os ex-líbris revelam laços familiares e conexões genealógicas, funcionando como pistas visuais e documentais para os estudiosos da genealogia.
Essa abordagem evidencia o quanto o universo dos ex-líbris dialoga com o campo genealógico, revelando heranças simbólicas, brasões familiares e emblemas pessoais que atravessam gerações.
Além dela, o Instituto Genealógico Brasileiro também publicou a Revista Genealógica Latina, que igualmente trazia uma seção sobre ex-líbris, ampliando ainda mais o campo de estudo para outras tradições e contextos culturais do universo ibero-latino.
Ao valorizar os ex-líbris em suas páginas, essas revistas contribuíram para o reconhecimento dessa forma de arte e expressão como parte essencial da história genealógica e cultural brasileira.
*Mary Komatsu - Bibliotecária e administradora do canal Caçadora de Ex-líbris.
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